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Afya mede impactos na saúde da população e estudo aponta resultados que ajudam a salvar vidas

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Medir e avaliar o impacto social de uma empresa não é uma tarefa simples. É necessário verificar as mudanças ocorridas na vida da população, no médio e/ou longo prazo, que foram causadas exclusivamente pela atuação da empresa. Os resultados do “Projeto de Impacto Afya” mostram que a atuação do grupo, por meio de suas escolas de Medicina, mudou a realidade local com o aumento do número de médicos e a redução das taxas de internação e de mortalidade de doenças relacionadas à atenção primária.

O impacto que as mais de 30 escolas de medicina da Afya causam nas regiões onde atuam é enorme, por meio de consultas de saúde gratuitas e iniciativas de promoção da saúde e prevenção de doenças. “Há 25 anos formamos médicos por todo o país. Não temos dúvida de que verdadeiramente estamos transformamos a saúde em conjunto com quem tem a medicina como vocação. Mas nosso desafio era quantificar o tamanho desta mudança junto ao principal ente desta cadeia: a população. Foi este complexo desafio que nos propusemos a superar, desde junho de 2023, para saber quanto e como, de fato, estamos transformando a saúde e a vida destas populações”, comenta Stella Brant, vice-presidente de Marketing e Sustentabilidade na Afya.

Metodologia de avaliação

Em parceria com a Flow.Ers, consultoria especializada no tema, a Afya desenvolveu uma metodologia de avaliação de impacto socioeconômico, tendo como ponto de partida a construção da Teoria da Mudança, que utilizou dados de pesquisas quanti e qualitativas (dados primários) junto a públicos estratégicos, e dados públicos (secundários) do Ministério da Saúde (DataSUS) e IBGE.  

O estudo fez uma avaliação do impacto causado pela presença e atuação da Afya em 20 munícipios brasileiros no período de 17 anos (entre 2004 e 2021) para mensurar os impactos positivos que gera, em conjunto com o médico, na vida e na saúde das comunidades onde possui operações com curso de Medicina. Os municípios foram definidos de acordo com a disponibilidades dos dados públicos e maturidade dos cursos de Medicina da Afya.

Dos 20 municípios com IES Afya considerados no estudo, 15 estão fora de capitais e 75% nas regiões Norte e Norte

Para que fosse possível compreender os impactos gerados especificamente pelas atividades da Afya - isolando-os de eventuais melhorias no acesso ou na rede de saúde local motivadas por ações de outros agentes -, as mudanças ocorridas em indicadores de saúde nestes 20 municípios, que compõem o chamado grupo tratamento, foram comparadas com dezenas de outros municípios (grupo controle). A comparação foi feita considerando 5 municípios do grupo controle para cada 1 município do grupo de tratamento.

Os municípios de controle foram escolhidos levando em consideração a comparabilidade com os municípios de tratamento nas seguintes variáveis:

  • População  
  • Percentual de idosos  
  • PIB (Produto Interno Bruto)
  • PIB per capita  
  • Nível de cobertura de abastecimento de água

“Para chegarmos aos resultados da mensuração, foi utilizado o método econométrico ‘Diferenças em Diferenças’, que utiliza o grupo de controle, isto é, municípios muito parecidos com aqueles que a Afya atua para inferir o que teria acontecido nestes locais caso a empresa não estivesse presente. Ao comparar esses grupos, antes e após o início das turmas de Medicina, é possível mensurar o impacto isolado da Afya. Isso significa que podemos afirmar, com certa precisão, que essas mudanças foram causadas pela instalação das escolas de Medicina do grupo e não por outros fatores externos”, explica Luan Paciencia, mestre em Economia pela USP e membro da equipe de especialistas responsável pelo estudo.

Aumento do número de médicos

O número de médicos ativos no Brasil é suficiente para atender as necessidades da população, mas, apesar do significativo contingente, um dos maiores do mundo, ainda há um cenário de desigualdade na distribuição, fixação e acesso aos profissionais médicos. Na tentativa de mudar esta realidade, a Afya tem contribuído significativamente para a interiorização da medicina. Desde o início da primeira faculdade do grupo, em 1999, mais de 20 mil médicos já foram formados.

O estudo desenvolvido apontou que houve um aumento médio de 12% na densidade médica nos municípios onde a Afya atua. Isso significa que a empresa já ajudou a fixar quase 4 mil médicos, em sua maioria, em regiões de vazios assistenciais. “Ao expandir a oferta de educação médica para regiões de difícil acesso, especialmente em áreas distantes das capitais, há um impacto significativo na taxa de retenção desses profissionais, o que impacta, inclusive, na melhoria de indicadores da Atenção Básica nestas localidades”, ressalta o pediatra Leonardo Cavalcante, diretor executivo de Medicina da Afya.  

Mudança nos indicadores de saúde

Além do percentual de médicos por mil habitantes, o “Projeto Impacto Afya” avaliou as mudanças ocorridas em outros 18 indicadores de saúde da Atenção Primária, entre eles, taxas de mortalidade infantil e materna, cobertura vacinal, taxas de internação e mortalidade por doenças sensíveis à atenção primária e doenças preveníveis por imunização e condições sensíveis, como tétano, sarampo, febre amarela, malária, alguns tipos de tuberculose, entre outras.

As doenças preveníveis por vacinas são aquelas nas quais a atuação da Afya teve maior impacto, com desdobramentos na morbidade e mortalidade da população. Em relação à morbidade, a Afya foi responsável por uma redução de 15,2% na taxa de internação em média nos municípios onde atua. Ou seja, no período de avaliação do estudo, a companhia ajudou a evitar mais de 4 mil internações.  

A presença dos alunos de Medicina Afya está em todo tipo de localidade. Os atendimentos ofertados às comunidades são realizados em ambulatórios próprios e, também, em cooperação com hospitais, clínicas e prefeituras. De acordo com o estudo, estes atendimentos contribuíram para reduzir a taxa de mortalidade por (i) doenças sensíveis à atenção primária e (ii) doenças preveníveis por imunização e condições sensíveis em 14% e 20,5%, respectivamente, em média, nos municípios onde a Afya está presente. Isso significa que alunos, professores e preceptores da Afya salvaram mais de 28 mil vidas em 17 anos.

“Os atendimentos privilegiam a relação humanizada e a assistência primária à saúde. Eles vão além do simples diagnóstico e priorizam a prevenção e o cuidado integral do paciente. Se há mais profissionais e atendimentos que prezam pelo cuidado e prevenção a doenças, logo, há menos internações por doenças sensíveis à atenção primária e, consequentemente, menos óbitos causados em decorrências destas enfermidades”, explica Leonardo.

Retorno Social do Investimento

Além do impacto na saúde, a Afya também quer conhecer o seu SROI (Social Return on Investment), ou Retorno Social do Investimento, um protocolo de avaliação que propõe uma análise comparativa entre o valor dos recursos investidos em um negócio e o valor social gerado para a sociedade com esse recurso. “Para calcular este indicador, aplicam-se diversas técnicas para estimar o valor intangível de ativos que não podem ser comprados ou vendidos. Isso nos permite concluir que a cada R$ 1 investido pela Afya, foram gerados R$ X em benefícios sociais, por exemplo”, explica Luan Paciencia.  

Para as próximas etapas do “Projeto Impacto Afya”, a equipe responsável pretende monitorar também a macrorregião de saúde, pois os municípios onde a Afya está presente se tornam polos de saúde, atraindo mais clínicas e profissionais. “A avaliação de impacto é um processo profundo, que utiliza muitos dados de toda a empresa. A gente tem investido muito em aumentar a rastreabilidade destes dados para extrair cada vez mais valor deles”, releva Cíntia Marin, diretora de Sustentabilidade na Afya.  

“Vamos seguir neste projeto, dimensionando o impacto das nossas outras unidades de negócio. Por exemplo, a pós-graduação, onde pacientes triados na rede pública de saúde chegam até nós em busca de atendimento médico especializado, grande gargalo do SUS. Também não temos dúvida do impacto que o nosso hub de soluções digitais para a prática médica exerce junto aos médicos, ao paciente e à comunidade. Somente em 2023 foram 32 milhões de atendimentos a pacientes feitos com o auxílio do Afya Whitebook, uma das nossas soluções para suporte à tomada de decisão clínica”, reforça Stella Brant.

Websérie

Em quatro episódios e por meio de depoimentos de médicos, estudantes, pacientes e outros personagens, a websérie “Saúde que transforma: O impacto da Afya nas comunidades” retrata como a Afya contribui para a melhoria dos indicadores de saúde da Atenção Primária e para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios onde há instituições de ensino superior com curso de Medicina. Confira abaixo o primeiro de quatro episódios.