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Conexão Clima e Saúde: série de conteúdos aborda as discussões sobre a relação das mudanças climáticas com a saúde das pessoas

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As mudanças climáticas importam para a Afya tanto do ponto de vista ambiental quanto social e minimizar os impactos que contribuem para a sua intensificação está entre as prioridades da estratégia de sustentabilidade da empresa. Para acompanhar as discussões mais atuais sobre clima e a relação das emergências climáticas com a saúde, a Afya criou a série “Conexão Clima e Saúde”, que traz a cobertura dos principais eventos mundiais que abordam o tema.  

Por meio de matérias e entrevistas, compartilharemos os principais assuntos abordados, compromissos assumidos e todas as novidades que serão apresentadas na Climate Week 2024, em Nova Iorque, e na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), no Azerbaijão.

Iniciamos a série com a cobertura da New York Climate Week (NYCW), o maior evento público relacionado ao debate sobre as alterações no clima. Dividida em dez temas centrais, a edição de 2024 incluiu uma novidade: o pilar de Saúde. Foram mais de 50 sessões voltadas para a discussão de temas como o impacto das mudanças no clima nos sistemas de saúde, cidades saudáveis, os efeitos das crescentes ondas de calor sobre as pessoas, o impacto emocional das mudanças climáticas e sustentabilidade dos serviços de saúde, entre outros.

Ação climática pela saúde

O impacto das mudanças climáticas sobre a saúde tornou-se um dos temas mais importantes da agenda global da sustentabilidade. Os eventos climáticos extremos são cada vez mais comuns na vida cotidiana da população e passaram a ser uma preocupação da comunidade médica e de governos.

Um dos principais painéis sobre o tema durante a NYCW foi o ‘Ação climática pela saúde: o caminho para um planeta e pessoas mais saudáveis’, promovido pela publicação Foreign Policy (FP), que contou com a participação do diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Dr. Tedros Adhanom, e de Vanessa Kerry, CEO da Seed Global Health.

Segundo os painelistas, os impactos na qualidade de vida que estamos vivenciando por causa das mudanças climáticas demonstram como a saúde é fundamental em tudo o que fazemos. A conexão entre os dois temas não é um assunto novo, mas diante do contexto de urgência, especialistas da área enxergam a oportunidade de acelerar a responsabilidade climática. Para isso, apontam a necessidade de expandir a conversa a outros níveis, saindo da “bolha” e buscando aprimorar processos.

Na prática, essa mobilização significa atuar tanto na adaptação quanto na resiliência dos sistemas de saúde, bem como avançar com a agenda de descarbonização. Além disso, é essencial inserir a saúde nas Contribuições Nacionalmente Determinadas, que são as metas de clima de cada país, para que possam ser criados objetivos e para que a saúde passe a ser pensada como um investimento e não como um custo.

E por onde começar a atuar? De acordo com o Dr. Tedros Adhanom, isso se faz “considerando a saúde como tema central no combate às mudanças climáticas, focando nas populações mais vulneráveis e utilizando recursos de forma consciente”.

Já no painel ‘Sistemas de saúde em um mundo em aquecimento: das percepções à ação’, especialistas debateram o papel dos representantes da saúde na sociedade, além da importância da prevenção primária e da colaboração com outros setores para avançar em soluções. “Temos que fornecer soluções e recursos e estimular as pessoas. Como profissionais, precisamos liderar nossa comunidade para sair da crise climática. A saúde é o setor mais confiável e deve ser utilizada como motivação - é um argumento forte para gerar engajamento”, afirmou a painelista Dra. Maria Neira, diretora do departamento de Meio-ambiente e Mudanças Climáticas da Organização Mundial da Saúde.

Clima e saúde mental

O painel ‘A próxima geração de saúde mental’ trouxe um tema afim à causa da Afya, que se dedica espeficamente a promover uma melhor saúde mental de médicos e estudantes de Medicina. Segundo James Sale, responsável pelo Advocacy na United for Global Mental Health, os eventos climáticos extremos mais frequentes e intensos provavelmente terão implicações significativas na saúde mental das pessoas, tanto devido à exposição direta a eventos potencialmente traumáticos quanto ao agravamento dos determinantes sociais da saúde mental, como emprego e moradia. “Já estamos vendo taxas crescentes de suicídio durante períodos de calor intenso. Precisamos integrar totalmente as necessidades de saúde mental e que os governos abordem os efeitos da mudança climática na saúde mental e física”, afirmou Sale.

Outro ponto abordado foram os baixos investimentos direcionados para a saúde mental e as legislações vigentes. Os países destinam uma média de 2% dos custos de saúde para a área, o que é pouco. Sale contou que há casos de países cujas leis em vigor têm mais de cem anos ou que estão direcionadas apenas para atendimento infantil – e ressaltou a importância de progredir também nesse sentido.

Saúde nas COPs

O protagonismo da relação entre mudanças climáticas e saúde não é exclusividade da NYCW. Saúde passou a ser um dos temas centrais da agenda das Conferências das Partes (COPs) sobre o Clima desde a edição de 2023, em Dubai. Na ocasião, houve um dia inteiro dedicado à discussão dos impactos do clima na saúde, cerca de 100 eventos nesta área e a participação de quase 100 ministros de estado ligados à saúde. Em 2024, em Baku, no Azerbaijão, o tema voltará a ser central, com o dia dedicado a ele e discussões novamente lideradas por ministros de estado.

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